Foi até o vizinho estado do Ceará e trouxe quatro grandes jogadores : O volante Luciano Oliveira e
o atacante Noé (se tornaria Noé Silva, com a chegada de Noé da Portuguesa/RJ, que ficaria Noé Soares,
virando Macunaíma, graças a irrever ência do repórter Souza Silva) vieram do Ferroviário. O grande
impacto porém, foi a contratação de dois ídolos do Ceará Sporting : O meia Samuel e o goleiro Hélio.
A estreia dos contratados levou um grande público ao "poema de concreto". Lá estava nos meus
treze anos. Nos minutos iniciais Hélio, "matava" no peito, "matava" na coxa, os chutes dos adversários.
Souza Silva não perdeu tempo e logo batizou-o de Hélio Show. Em seu primeiro ABC x América,
Hélio pendurava-se no travessão para "procurar" bolas chutadas "por cima" pelos rubros.
Certa vez em semana de clássico decisivo, machucou-se e teve o braço engessado. Tirou o
gesso por conta própria e no domingo estava defendendo o gol do Mais Querido.
Tornou-se um dos grandes ídolos da Frasqueira. Um dos maiores goleiros da história do ABC.
Hélio, amazonense, começou no Ceará Sporting e teve seu apogeu no vovô em 1972.
O Ceará ficou entre os treze melhores time do Brasil naquele ano e Hélio teve a maior atuação
da sua carreira em jogo noturno no Pacaembú diante do poderoso Corinthians Paulista.
O timaço do Ceará, com Hélio, Odélio à sua direita, Hécio Jacaré, 1o. agachado à esquerda (ambos tornariam-se ídolos no América-RN), os irmãos Jorge Costa (agachado ao centro,jogaria no ABC em 78) e Da Costa (último agachado)
Além de melhor goleiro do Ceará, Hélio também repetiu a proeza no Treze/PB. Atuou também
na Portuguesa/SP e América-RN.
No ABC, conquistou os títulos de 76 e 78, participou da grande campanha no Brasileiro/77.
Foi o descobridor do hoje lateral Nêgo, que antes dos treze anos já brilhava na escolinha do Mais
Querido, doirigida por ele. Hélio também foi treinador de goleiros no clube do povo.
Atualmente trabalha com Turismo (bugeiro).,
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