Agencia Estado
A valorização do Campeonato Brasileiro da Série B, ocorrida nos últimos anos, levou a direção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a tomar uma medida extrema para assumir o controle da disputa, que começa em maio e termina no início de dezembro. Nesta segunda-feira, o presidente da entidade, Ricardo Teixeira, reuniu os clubes participantes da edição de 2009 e comunicou que a CBF assume a administração da competição, dentro e fora de campo. A Futebol Brasil Associados (FBA), que detinha os direitos de comercialização até 2010, foi destituída da atribuição.O pano de fundo dessa virada de mesa teve a participação direta da Rede Globo, emissora responsável pelos direitos de transmissão dos jogos. A empresa esteve representada pelo seu diretor Marcelo Campos Pinto, da Globo Esportes, que aproveitou a oportunidade para colher assinaturas de vários dirigentes no novo contrato.
A reunião, realizada na sede da CBF, no Rio de Janeiro, terminou por volta das 21 horas. Uma hora depois, o site da CBF emitia um comunicado com apenas dois parágrafos comunicando a decisão. Somente o Brasiliense não esteve representado entre os 20 integrantes da Série B.
Uma comissão vai acompanhar as negociações com a venda de painéis publicitários no estádio e, eventualmente, alguma outra receita como a crescente venda dos jogos pelo sistema pay-per-view (jogos pagos). Fazem parte desta comissão seis clubes, três deles rebaixados no ano passado: Vasco, Portuguesa e Figueirense, além de Bragantino, Bahia e Fortaleza.
Ricardo Teixeira abriu a reunião de forma incisiva não deixando dúvidas sobre a intenção da CBF de controlar a competição. Falou alguns minutos e depois passou o comando a Virgilio Eliseo, diretor técnico da entidade.
E Teixeira nem precisou oferecer muito aos clubes. Deu uma garantia mínima de faturamento de R$ 600 mil, mesma cota recebida no ano passado pela maioria dos clubes. Alguns receberam R$ 750 mil porque comercializaram em seus estádios uma marca de refrigerante. E dois clubes, América e ABC, ambos de Natal-RN, faturaram R$ 900 mil cada porque venderam tanto refrigerante como cerveja em seus estádios.
A CBF assumiu os compromissos da FBA, que garantiam passagens aéreas e hospedagens para os 20 clubes, além de arcar com as despesas de transporte dos árbitros. Mas não concordou em pagar a arbitragem, uma reivindicação antiga dos clubes e que, no ano passado, gerou uma briga direta entre Ricardo Teixeira e José Neves Filho, presidente da FBA.
Os clubes podem ganhar ainda com a venda de painéis publicitários. A estimativa é de que cada um receba, pelo menos, mais R$ 600 mil. A própria FBA já vinha comercializando estes painéis com a estimativa de receita total em torno de R$ 14 milhões. O valor das transmissões de televisão fica inalterado até 2010, término do contrato, num total de R$ 27 milhões anuais.
A CBF se comprometeu a não cobrar taxas de administração, como fazia a FBA, em torno de 20%. E garantiu que vai cobrir o rombo de caixa da FBA, que seria de R$ 4 milhões.
O pernambucano José Neves Filho ficou indignado com a medida tomada pela CBF com a anuência da Globo. ?Nós roemos o osso e agora eles ficam com o filé. Isso é injusto?, lamentou. Disse, porém, que não tomaria nenhuma medida antes de tomar ciência oficial da decisão ?porque não fui comunicado pela CBF e por nenhum dos clubes?. Comentou ainda que já fechou contrato com várias empresas, como a Cervejaria Schincariol e a Penalty, empresa de material esportivo e que ?alguém vai ter que responder por danos causados pela decisão?.
A FBA detinha os direitos de comercializar a competição até 2010 e teria cometido o erro de não ampliar seu número de filiados. Dos atuais participantes da Série B, apenas três estavam ligados à entidade: Fortaleza, Ceará e Vila Nova-GO. Agora, a FBA pode se ver obrigada a cuidar das deficitárias Séries C, formalizada com 20 clubes, e à Série D, recém-criada pela CBF com 40 clubes e com uma disputa regionalizada para evitar gastos.
Inédito uma seleção brasileira apequenar-se diante de adversário de pouca tradição.
Meio-campistas de baixa qualidade, afrontam a memória dos gênios que atuaram no setor.
DANÇA DOS TÉCNICOS
Miluir volta ao Baraúnas, substituindo Suélio Lacerda. Julio Espinoza assume o CSA na vaga de
Hugo Sales (Ex-Assu). Fito Neves não é mais treinador do Icasa. Vitória busca substituto para
Mauro Fernandes. Waldemar Lemos assume o Náutico.
BASES
A equipe sub-16 do Fortaleza Esporte Clube participará da Mediterranean International Cup, competição organizada pela AE MICFootball, em Barcelona, entre os dias 7 e 12 de abril. A delegação é composta por 20 jogadores, atletas nascidos em 1993 e 1994, e embarca para a Espanha no dia 5 de abril, domingo, às 20 horas.
Grandes clubes de todo o mundo, como Barcelona, Valência, Real Madrid, Arsenal, Manchester Unitedrra, Internazionale e até mesmo a Seleção Brasileira da categoria, participam da competição que é disputada desde 2003. O Fortaleza está no grupo K, formado pelas equipes do Skeid FK, da Noruega, EU Figueres e UD Marbella, ambos da Espanha.
A categoria sub-16, na fase classificatória, está dividida em 11 grupos com quatro equipes cada qual, onde os times jogam entre si, em jogos de ida e volta no sistema de liga. Os dois melhores de cada grupo se classificam para a segunda etapa, a fase final, e os terceiros e quartos colocados disputam a fase de consolação. Todas as partidas da fase final e fase de consolação são disputadas em sistema de copa, ou seja, com eliminação direta (mata-mata), sem prorrogação. Em caso de empate, a partida é decidida nos pênaltis.