domingo, 13 de maio de 2018

DIA DAS MAES E DA LIBERDADE



1973, crioulos fantasticos no timaço do ABC.
Nos meus onze anos, pedi a minha mae Maria da Conceicao Rocha de Oliveira para confeccionar uma bandeira do Mais querido.
Casada com ex atleta campeao pelo ABC , fervoroso aficcionado do clube, o campeao das multidoes integrava o cotidiano da nossa familia.
Lembro de uma vitoria marcante naquele campeonato onde o ABC venceu os tres turnos. Na decisao do segundo, nosso rival jogava pelo empate, que persistia ate os 44 minutos do segundo tempo.
O maestro Danilo Menezes chamou o volante Maranhao e inverteram posicao. Rapidamente o Tanajura adentrou na area e marcou o gol da vitoria. Fato rarissimo na carreira do eficiente camisa cinco.
A frasqueira foi ao delirio. Meu pai arrebatou a bandeira das minhas maos e partiu em desabalada carreira pelas arquibancadas aos gritos de Abece, Abece. Eu e o mano Claudio tentamos acompanhar.
Os negros deram grande contribuicao ao futebol brasileiro.
Excluidos dos grandes clubes, jogavam apenas na varzea, ateh que o Vasco da Gama conquistou o titulo carioca de 1923 com uma equipe formada por negros e operarios. Um escandalo, se imaginarmos q alguns mulatos para jogar no Fluminense, passavam po de arroz.
A liga carioca solicitou aos cruzmaltinos a exclusao de doze jogadores. O Vasco, num gesto historico, recusou e foi excluido.
Anos seguintes a Liga usou outro artificio para discriminar o clube. Nao poderia admitir a entidade porque nao possuia estadio proprio.
A provocacao arregimentou os aficcionados e resultou na construcao do maior estadio da America do Sul.
Pesquisando a MPB no futebol brasileiro em trabalho que apresentei na UFRN, encontrei os camisas negras. Confiram





Nenhum comentário: