Tendo que aturar o Mais Querido na terceira, jogando para público de trezentos pagantes,
fui buscar inspiração no passado, para começar a importante semana, no sentido de resgatar
o maior clube do estado.
Retrocedí exatos vinte e sete anos, voltando aquela quarta-feira 29/11/72.
ABC 0 x 2 Santos(gols de Pelé e Edu), registraria o recorde oficial de público no estádio da Lagoa Nova (53.320). Registre-se que a população de Natal era aproximadamente trezentos mil habitantes.
O ABC atuou com Tião, Sabará, Edson, Nilson Andrade e Rildo; Maranhão, Orlando e Marcílio;
Libânio, Alberí e Baltazar (Petinha).
Alberí maior craque da história do futebol do RN defendeu o ABC de 1968 a 1975.
Danilo Menezes, meia esquerda do Tetra jogou de 1972 a 1980.
Volante Maranhão, de 1972 a 1975. Sabará e Libânio, idem. Capitão Edson, de 1970 a 74.
Nesta segunda, dia trinta, importante reunião do CD alvinegro. É preciso a união de todos
os alvinegros. Resgatemos alvinegros ilustres.
A pauta principal da reunião é o novo estatuto. Também seria interessante apurar como
andam os preparativos para a Copa São Paulo, próxima competição do clube.
A formação de atletas deve ser prioridade no clube. Não com o propósito de vendê-los e sim][
montar uma forte equipe a médio e longo prazo, de baixo custo e identificado com o clube.
É preciso reter talentos por algum tempo, caso queiramos obter resultados.
A propósito cito oportuna reportagem publicada no Diário da Manhã (Goiânia), sobre o acesso
do Atletico-GO a série A :
"Um clube abandonado, endividado, sem estádio, conquistas ou torcida orgulhosa. Esta era a situação do Atlético/GO no iníco do século 21, gerada por administrações que quase levaram
o clube a extinção. Agora, desponta nacionalmente, com uma trajetória vitoriosa, estrutura de ponta, e elenco cobiçados pelos maiores times do País. Apenas uma palavra separa estas duas
realidades : PLANEJAMENTO. "
"O Dragão conseguiu formar de 2005 a 2009, um plantel competitivo, graças a visão de longo
prazo dos dirigentes, que privilegiam a manutenção dos atletas, ainda que os mesmos estejam
valorizados nacionalmente. Nestes quatro anos, apenas o zagueiro Gil foi negociado."
"Tentamos resgatar a identidade do torcedor atleticano que estava apagada, e vender jogadores não é nossa única saída financeira", Destacou o diretor de futebol Adson Batista, que chegou ao clube em 2005, ano da conquista da divisão de acesso do campeonato Goiano e reconstrução do
estádio Antonio Accioly.
Três peças fundamentais no acesso, chegaram ao clube três anos atrás : O zagueiro Gilson, volante Róbston e o meia Lindomar.
Em 2007, chegaram três atletas de peso : O goleiro Márcio, zagueiro Jairo, meia Anaílson.
O clube conquistou o título goiano e fracassou na partida decisiva da série C, ao ser
derrotado pelo Barras/PI.
Ano passado, foram garimpadas seis pérolas do atual elenco : Zagueiro Gil, laterais Chiquinho e
Rafael Cruz, atacantes Marcão, André Leonel e Juninho. Com este arsenal de craques conquistou o título da série C.
Paralelo a este processo veio a evolução estrutural, com as obras no CCT onde os atletas treinam e ficam concentrados.
"Atribuo estes resultados ao planejamento, organização e visão de futuro da diretoria.
Temos condições de realizar planejmento a médio e longo prazo, e por isso mais chances de acertos" analisou Adson Batista.
"Temos estrutura melhor que muito time da primeira divisão, mas precisamos evoluir em muitos aspectos, como a questão finaceira. Usamos a criatividade para lidar com esta situação e o presidente sabe trabalhar muito bem a marca do Atletico."
A equipe teve o ataque mais positivo da competição.Marcou setenta e três gols. Basea-se em um toque de bola de qualidade, pelo chão, evitando a ligação direta netre defesa e ataque, que geralmente favorece o adversário.
As características físicas da dupla Marcão e Juninho são fundamentais para as funções que exercem. Enquanto Marcão (1,90m) é aquele centro-avante "trombador", Juninho (1,68)
é um velocista. Marcão fixa-se na área. Juninho sai para buscar as bolas nas laterais, retirando
assim a defesa adversária da área.
A dupla é auxiliada pelo talentoso meia Elias, um dos responsáveis por deixá-los de frente para o gol. Elias também é imprescindível na cobrança de bolas paradas, jogada decisiva no futebol moderno. Já o volante Róbston exerce uma tripla função na equipe, e por isso é o eixo deste
esquema tático.
domingo, 29 de novembro de 2009
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