A última estimativa populacional sobre Hortolândia, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em julho de 2005, apontava 194.289 pessoas morando na cidade. Porém, dados não oficiais indicam que o município já ultrapassa a marca dos 200 mil habitantes. Um crescimento exorbitantemente rápido, levando-se em conta que na década de 1970 eram 4.635, segundo o mesmo órgão de pesquisa.
O início tem origem entre o final do século XVIII e o começo do século XIX, quando a região incluía as sesmarias de Joaquim José Teixeira Nogueira, um dono de engenho de cana-de-açúcar. Durante o período da abolição, 1888, o neto de Nogueira, Francisco Teixeira Nogueira Junior, repartiu uma área da terra entre seus antigos escravos. A doação verbal não se concretizou e a área passou a pertencer a um médico americano conhecido com doutor Jonas. A ausência de documentos e registros de casas dessa época indica uma região pouco povoada.
O local era ponto de parada para tropeiros, colonos e escravos que costumavam descansar onde hoje é o bairro Taquara Branca, à beira de um riacho. Era ali que os viajantes preparavam um pirão feito de farinha de mandioca, cachaça, açúcar e mel, o Jacuba, que acabou batizando o vilarejo.
O marco definitivo para Jacuba veio com a inauguração da estação ferroviária de Campinas, em 1872. Os trens passavam pelo povoado sem parada. Somente 45 anos depois se instalou um ponto na região, a Estação Jacuba.
A característica urbana começou em agosto de 1947, quando a Prefeitura de Campinas autorizou o primeiro loteamento, o Parque Ortolândia, empreendimento de João Ortolan. Foi ele, também, o proprietário da Cerâmica Ortolan, hoje Cerâmica Sumaré, a primeira fábrica instalada em Jacuba. Outro empreendimento importante para a consolidação urbana da região foi o Colégio Adventista.
Até ai, o vilarejo integrava a área do distrito de Sumaré, pertencente a Campinas. Foi em 1953, por meio da Lei Estadual 2.456 que Sumaré recebeu status de município e Jacuba adquiriu o título de Distrito de Paz.
A mudança do nome do distrito ocorreu no ano seguinte, 1958, em virtude do nome Jacuba já batizar um distrito da região de Arealva. O Projeto de Lei, do então deputado Leôncio Ferraz Júnior, batizou a antiga Jacuba como Hortolândia, uma homenagem a João Ortolan. A letra “H” teria sido um erro de escrita, segundo contam antigos moradores.
Hortolandenses decidiram pela criação do município
O crescimento relâmpago de Hortolândia resultou no crescimento dos recursos gerados pelo distrito. Na década de 1980, Hortolândia era responsável pela maior parte da arrecadação de Sumaré, ultrapassava os 60%. Era hora do distrito, que por tantos anos atuou como mero figurante no cenário regional, ocupar seu lugar de direito. A organização popular seguiu para o movimento pró-emancipação.
Os moradores queriam autonomia para definir o futuro de Hortolândia. Foi em 19 de maio de 1.991, que 19.081 mil eleitores votaram “sim” no plebiscito que decidiu pela emancipação político-administrativa do distrito. Nascia, assim, da vontade popular, o município Hortolândia, formado por 110 mil habitantes que escolheram a região para morar, vindas de várias partes do país, em pleno êxodo rural, quando o Estado de São Paulo era o destino daqueles que buscavam oportunidades de trabalho e qualidade de vida.
Hortolândia: terra de oportunidades e gente de valor
Com mais de 120 anos de registros históricos, 15 deles com status de município, Hortolândia desponta na RMC (Região Metropolitana de Campinas) como uma cidade com grande potencial de desenvolvimento econômico. Estão hoje na cidade 231 indústrias, 704 empresas, 2.538 estabelecimentos comerciais, duas universidades e 5.337 prestadores de serviços.
A cidade é sede da multinacional IBM, que se instalou aqui em 1.972. A empresa está situada no condomínio industrial Tech Town, que abriga outros empreendimentos de grande porte. É em Hortolândia, também que estão a Down Corning do Brasil, líder na fabricação de silicone e, ainda, a Belgo Mineira, a Magnetti Marelli, GKN, BS Continental e o grupo EMS-Sigma Pharma, referência na produção de medicamentos genéricos.
O desenvolvimento industrial deve-se à localização privilegiada da cidade no Estado. A proximidade de Hortolândia do Aeroporto Internacional de Viracopos, a presença de importantes vias rodoviárias ao seu redor e o fato de estar numa região de grande concentração de desenvolvimento no país, considerada pólo científico e industrial, são fatores primordiais e definitivos para atrair empreendimentos.
Um cenário favorável de crescimento econômico mas ainda com muitos desafios a serem superados. O salto populacional e a falta de investimentos em infra-estrutura resultaram numa cidade de grande potencial, porém, com muitas ações por se fazer. De forma resumida, a cidade representa a síntese dos municípios da RMC, com problemas a serem superados e uma amplitude de crescimento e desenvolvimento a olhos vistos.
Fonte : Prefeitura Local
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
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