A multidão começou a se espremer às margens da BR-101 em Canguaretama, a 80 quilômetros de Natal. Era 6 de dezembro de 1973. A massa à beira da estrada esperava paciente a passagem de um ônibus vindo de Recife com 25 heróis. Era a comitiva do ABC que voltava de uma aventura -. naquela época só havia essa definição -, pela Ásia e Europa. O ônibus, que trouxe a delegação do Aeroporto dos Guararapes, onde houve o desembarque, cruzou um corredor humano formado por toda a avenida Salgado Filho. O povo matava uma saudade de 102 dias.
Chefe da delegação, o ex-dirigente e hoje conselheiro Jácio Fiúza tem na ponta da língua uma frase que define o feito do clube: "Foi emoção atrás de emoção. A excursão foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Não sai da memória, é indescritível".
A história dá razão ao veterano cartola. O ABC viu de perto a guerra do Líbano, foi bajulado pelo governo do ditador Idi Amim Dada e encarou a seleção romena, que tinha endurecido o jogo contra a seleção brasileira na Copa do México, três anos antes.
Fonte : Texto do jornalista Rubens Lemos Filho, publicado no Diário de Natal de 05.12.1993
sábado, 7 de dezembro de 2013
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