segunda-feira, 26 de outubro de 2009

META ATINGÍVEL

Durante muitos anos, trabalhei com sistema de metas. Com bastante esforço, conseguia
atingir a maioria delas. Ascendendo na empresa que trabalhei, passei então a estabelece-las para a equipe que gerenciava. Visualizei os dois ângulos.

A meta deve ser desafiadora e motivante, porém não pode parecer inatingível.

Faço esta introdução para reportar-me a atual situação do Mais Querido.

Se concentrarmos nosso foco em obter quinze pontos em dezoito possíveis, nosso retrospecto nos desanimará.

Devemos distribuir o objetivo através de metas menores e perfeitamente atingíveis.

Estabeleçamos como ponto de partida, vencer o Paraná no próximo sábado.
Já o fizemos, atuando fora de casa no primeiro turno.
Só devemos efetuar cálculos, preocupar-nos com o resultado dos concorrentes,
após vencermos o tricolor da Vila Capanema.

Um dos primeiros passos para chegar a vitória é optar por um futebol ofensivo.
Precisamos correr riscos para obter grandes conquistas. Tomemos o exemplo do
período das grandes navegações. Navegar era muito arriscado, porém necessário.
O lema “Navegar é preciso” , impulsionou a humanidade para grandes avanços.
Trazendo para o nosso caso, “Atacar é preciso“.

Como definir a melhor equipe para realizar a tarefa ? Pensei logo em uma formação com apenas dois zagueiros. Gáucho, seria um deles, pois é uma opção de gol em faltas e pênaltis. Lembrando da lentidão do nosso camisa três, e da suspensão do Augusto Recife, creio que devemos começar mesmo com os três zagueiros, Gaúcho na sobra, utilizar apenas o Alexandre Oliveira como volante e atuar com dois meias de ofício.

Ricardinho teria preseça garantida. Durante a semana, Didi definiria nos treinamentos se
O utilizaria como atacante, escalando Zé Eduardo ao lado de Sandro na meia, ou colocando Ricardinho na meia, entrando Selmir ao lado de Negão, este titular indiscutível.

Nosso treinador deve treinar também, formações ainda mais ousadas, com três atacantes, no 4-3-3, ou até mesmo um 3-4-3, como joga a seleção holandesa, faz tempo.

Outro fator decisivo para alcançarmos o triunfo, será a presença maciça da torcida.
Para tanto a diretoria não deveria medir esforços para tornar o ingresso acessível ao
Povão.

Não resta dúvida que nesta reta final, será fundamental jogar com alma e compromisso com o ABC. É recomendável o novo treinador conversar em particular com os atletas Fabiano, Rogerinho, Marquinhos Mossoró, Ivan e João Paulo, todos da terra.

É preciso apurar porque não vinham atuando. Enfrentam problemas clínicos, físicos,
técnicos ? São indispensáveis ao menos no banco de reservas neste primeiro momento e poderão ser de grande valia nesta reta final. São atletas com a cara do alvi-negro e doarão o sangue para manter o clube na série B. A frasqueira doará o coração, que deve ser colocado na ponta da chuteira. Alma, raça e coração não podem faltar.

Um comentário:

Paulo disse...

Gosto de ver lutas de box e vale tudo. Sempre observo no rosto dos lutadores antes e depois da luta. Eles entram com a cara de quem deseja "matar" o adversário, se possível "comê-lo vivo". Fico até com receio de que poderei ver uma morte ao vivo durante a luta, apesar de saber que esses homens e mulheres são preparados para essa difícil profissão, além de termos árbitros para evitar essa tragédia.
Escrevo isso porque fiquei preocupado com o clima antes e depois da derrota para o Guarani. Muitos sorrisos, tapinhas nas costas, etc. Parecia que o resultado da partida tanto faz como tanto fez para boa parte dos jogadores do ABC. Não há como vencer um jogo sem que seja dado sangue, suor e lágrimas, numa competição são nivelada, como a Série B. Cadê a garra desses jogadores?
Lamento esse desabafo.